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  • Daniela Lopes

PALCO FANTÁSTICO


A vida é um grande teatro, que tem seu palco maior na cidade. É nela que os atores se encontram e contracenam. E se a vida imita a arte, esta tem que ocupar as ruas.

A MOSTRA PARALELA

"Paralela: Além de Gaudí, aqui" é um circuito de exposições, intervenções, debates e ações em Florianópolis que buscam repensar o fantástico na arquitetura.

Arquitetos, escritórios e coletivos da capital catarinense foram provocados a discutir a convergência de arte e arquitetura. A ideia é criar um diálogo regional a partir da chegada da mostra "Gaudí, Barcelona 1900” na cidade, em exposição no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) até 30 de outubro.

O circuito é organizado pelos escritórios Bloco B, LOTO e Lucas Reitz e tem como convidados uma nova geração de arquitetos da ilha de Santa Catarina.

PALCO FANTÁSTICO

Quando fomos convidadas para participar dessa Mostra Paralela, ainda que não tivéssemos um tema em mente, sabíamos que ocupar a rua seria primordial. Afinal, trabalhamos para promover transformações urbanas através dos nossos projetos. E essa se mostrou a oportunidade perfeita para levar a cultura para o espaço da cidade.

Buscando sempre aprender e colaborar com outras áreas em tudo que fazemos, logo pensamos em uma arte que pouco sabíamos e que ainda não tínhamos tido a oportunidade de trabalhar: o teatro. Em um ano que, após 22 edições, houve o cancelamento do principal festival de teatro da cidade - o Floripa Teatro - , decidimos que realmente era tempo de uma pequena homenagem a essa forma de arte que, como viríamos a descobrir, pulsa viva em Florianópolis.

Logo que surgiu essa ideia, veio a figura de Isnard Azevedo: além de arquiteto, uma figura de grande importância na história da cultura e teatro locais. E foi com uma grande surpresa que viríamos a descobrir: temos tanto em comum! Até hoje, seu pensamento vive nos trabalhos do grupo de teatro que ajudou a criar, o Dromedário Loquaz. A sede por ocupar espaços não-convencionais, extrapolando o palco dos teatros, nos pareceu familiar.

É por essa sede que extrapolamos o espaço do museu. Um espaço ainda hoje, infelizmente, tão inacessível a maior parte da população. Mais do que aprender e expor o passado e o presente do teatro local, buscamos levar essa importante parte da cultura florianopolitana para toda a cidade, colocando o museu em seu espaço mais democrático: as ruas.


COMO VIABILIZAMOS

Buscando sempre a colaboração entre diferentes saberes, trabalhamos nessa exposição com diversos atores para que ela fosse viabilizada.

ACERVO: Na criação do acervo, trabalhamos com diversos grupos de teatro locais: O Dromedário Loquaz, Cia La Vaca, Experiência Subterrânea, AtrapaTrupe, Teatro Sim...Por que Não?!!!

EXPOSITOR: A estrutura criada para receber a exposição foi pensada para ser leve, tanto visualmente quanto fisicamente, de forma a ser facilmente transportada pelas ruas e que não competisse com as informações expostas. Levou-se em consideração também a economia de materiais e a facilidade de montagem, já que essa estrutura seria montada por nós mesmas dentro do espaço do ateliê. A exposição foi impressa em lona, pela gráfica SERIAL, presa de forma a parecer flutuante no centro dos cavaletes.

VIABILIDADE ECONÔMICA: Para que todo esse plano fosse retirado do papel e pudesse realmente ocupar as ruas, contamos com o patrocínio de comerciantes do nosso bairro. Foram pessoas que abraçaram a ideia da exposição e acreditam, como nós, que a arte e cultura deve ocupar a cidade de forma democrática.

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