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via Casa ao Cubo

Aterro do Flamengo - uma incrível obra de paisagismo


Vista aérea parcial do Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro.

"O Parque do Flamengo foi projetado de maneira ambiciosa. Nobre ambição, ato de amor, tentar melhorar as condições de habitabilidade de uma cidade, criando um parque novo, organismo vivo, feito para o homem e na medida dele"

- Lotta de Macedo Soares

Idealizado por Lotta de Macedo Soares, o Parque do Flamengo, foi inaugurado em 17 de outubro de 1965, como Parque IV Centenário. Foi tombado antes mesmo de sua inauguração.


Aterro – como era o local antes do parque

Próximo à orla, no centro do Rio, existia o Morro de Santo Antônio. Esse morro foi escavado e toda a terra dele foi utilizada para aterrar a orla para a construção de uma grande avenida beira-mar ligando as duas praias. e ligando o centro à Zona Sul.O fato acima ocorreu bem antes da construção do parque. Ou seja, o local permaneceu por muitos anos como um grande terreno cheio de entulho e sem utilização.O fato acima ocorreu bem antes da construção do parque. Ou seja, o local permaneceu por muitos anos como um grande terreno cheio de entulho e sem utilização.

Vista do Aterro do Flamengo antes da construção do parque.

Realização e implantação de um marco do Rio de Janeiro

Seu projeto original foi concebido pelo arquiteto e urbanista Affonso Eduardo Reidy (também autor do projeto do MAM- Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, situado dentro do parque). O projeto foi revisado com a arquiteta e paisagista autodidata Lotta de Macedo Soares.

Planta do projeto urbanístico do Parque do Flamengo.

O paisagismo foi delineado e executado por Roberto Burle Marx e Arquitetos Associados (também a convite da Lotta). Tornou-se a primeira obra expressiva de paisagismo do então pintor Burle Marx.

A participação de Burle Marx no Aterro

Burle Marx introduziu ao parque árvores da floresta amazônica que não haviam sido utilizadas em projetos paisagísticos à época. Também foram introduzidas árvores tropicais de outros continentes que agradavam Burle Marx por sua florada ou forma. Foram escolhidas as espécies com capacidade de enfrentar as condições locais. Elas foram aclimatadas em um horto construído no aterro especialmente para essa finalidade.

Vista aérea do aterro do Flamengo, com nítido destaque das palmeiras e de gramado com desenho similar ao do calçadão de Copacabana, marcas registradas de Burle Marx. No centro da foto, o MAM do Rio de Janeiro.


Burle Marx escolheu a variedade de espécies com florações sazonais de forma a garantir flores durante todo o ano. Para destacar a forma e as cores dessas florações, a vegetação foi disposta em grandes conjuntos de mesma espécie.


O projeto paisagístico conta com a presença constante das palmeiras. São mais de 40 espécies, entre nativas e exóticas. A ampla utilização de palmeiras viria a ser uma marca de Burle Marx em todos os seus futuros projetos.

Parque do Flamengo em 1964, um ano antes de sua inauguração.No canteiro central,

as formas orgânicas de Burle Marx são inconfundíveis.

O Parque do Flamengo hoje

O Parque do Flamengo é o maior parque urbano do mundo à beira mar e Patrimônio Mundial da Humanidade na categoria “Paisagem Cultural Urbana”, título concedido pela UNESCO no ano de 2012.


O parque é a maior área de lazer ao ar livre do Rio de janeiro. Em 1995, a Câmara Municipal do Rio de janeiro prolongou o Parque do Flamengo até o final dos jardins situados ao longo da Praia de Botafogo. Portanto, a extensão do parque, atualmente, é de aproximadamente 2.000.000 m².





Este texto foi retirado do site Casa ao Cubo. Você pode ver o post original aqui.

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